A diferenciação entre estágio e trabalho está cada dia mais tênue. Deputados federais aprovaram uma lei para regular com mais eficiência as atividades do estágio e muita gente está se opondo. Em entrevista ao Jornal de Santa Catarina, o presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) de Santa Catarina, Mércio Felsky, reclama dessa nova lei. “Estão querendo trazer o estágio para a relação de trabalho, mas ele é pedagógico, é complementar.”, Afirma. E ao ser perguntado sobre abusos, demonstra pouco conhecimento da realidade: “são índices baixíssimos e fortemente combatidos pela legislação. Nós temos registros de que isso não chega a 1% da quantidade de jovens estagiando.”
Claro! Os jovens que precisam do estágio não reportam o abuso, assim como os trabalhadores não reportam todos os abusos trabalhistas com medo de perderem a única fonte de sustento ou “queimarem o filme”. Estranho, porque todo mundo hoje em dia acha comum sofrer abusos trabalhistas. O errado parece ser quem luta contra isso. Uma inversão de valores que muito ajuda os empresários.
Entre os 15 e 22 anos, fui estagiário diversas vezes, em empresas e entidades diferentes. E salva uma única exceção, não tive nenhuma delas como experiência pedagógica. Eram sim sub-empregos, provavelmente prejudicando o mercado de trabalho.
Então como considerar que isso não é uma relação de trabalho? Impossível.
Estagiário não tem direito a benefícios básicos como férias, vale-transporte, vale-refeição, entre outros. Já vi casos de pessoas praticamente pagarem para TRABALHAR num estágio.
Nas redações de pequenos jornais diários, cheguei a ver a proporção de 5 estagiários para um profissional devidamente formado, e quem diz que a relação era pedagógica que me perdoe, mas isso não passa nem perto da realidade.
Por isso, a mudança devia ir mais além. Ao invés de férias e benefícios para os estagiários, a criação de estágios curriculares nos cursos que não têm e benefícios às empresas que receberem estes estudantes com acompanhamento profissional, aí sim, pedagógico.
Nada de FGTS, INSS, … nem vínculo empregatício.
Pro empresário, o estágio é a invenção do século.
O estágio é, também, bom em termos para o estagiário. O que seriam dos profissionais formados sem uma experiencia sequer? :*
Eu fui completamente “usado” em todos os “estágios” que fiz. Nada de relação com aprendizado, eram subempregos, uma semi-escravidão. Diversas vezes paguei sim pra trabalhar.
Não me arrependo pois precisava do conhecimento, que me foi muito importante e fez com que eu chegasse onde estou hoje.
Estou saindo de um estágio hoje devido a abusos e maus-tratos. As humilhações são rotina e tarefas como “atender clientes”, entregar correspondências, arumar a bagunça que fazem no escritório e outros abusos viraram rotina, num lugar onde deveria eu aprender mais sobre trabalhar com textos. Desisto, pois passo horas por dia dentro de um carro para chegar a tempo, a carga horária é abusiva e muitas vezes ainda tenho que ficar fazendo horas extras (SEM remuneração, é bom frisar), sem contar os sapos que tive que engolir diariamente durante este mês (“ah, tinha que ser esse estagiário burro”). Chega, também não sou palhaço!
eu tento engreçar na area de trabalho mais nao me dao oportunidade para estagio… nao valorizam minha capaidade isso é uma vergonha
otimo esse saite!
bjuxx
falow o subemprego não é muito bom!!!
o meu trabalho de geo se eu n tira 10 te mato olo